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Irene Dias Cavalcanti

Poetiza, romancista jornalista e advogada, Irene Dias Cavalcanti, ícone feminino da literatura erótica nos anos 70, marcou presença na cena literária de João Pessoa já nos anos 60, com o lançamento de Eu, mulher; seguido de Lirerótica, ambos livros de poesia. Depois, migrou do gênero poético para o ficcional.

Irreverente e polêmica como sempre, Irene afirmou que Jesus Cristo não abonou o celibato. "Ele instituiu o sacramento do matrimônio nas bodas de Caná, quando fez o milagre da transformação da água em vinho. E amou Maria como mulher, pois veio à terra como homem", questiona.

Livros:

- O Amor do Reverendo
O enredo do romance é centrado no amor irresistível entre um padre e uma jovem e as dificuldades que enfrentam para consolidar este sentimento. O personagem central é o Padre Abraão, que conhece uma moça chamada Maria Luísa quando ela se acidenta. Ele a põe nos braços para socorrê-la e naquele instante ambos se apaixonam.

O religioso passa a enfrentar conflitos interiores, relembra a orientação de seus professores do seminário que diziam que as mulheres têm o demônio, que era preciso manter distância delas. Mas ele termina concluindo que sua vocação é ser padre e que mesmo assim deve se casar com Maria Luísa.

O livro é uma forma de a autora protestar contra o celibato imposto aos sacerdotes católicos, que apesar de ser católica não aprova. Um detalhe interessante do livro é que o prefácio é de autoria de um padre, Waldemir Cavalcante Santana, responsável pela Paróquia de Santo Antônio, em João Pessoa.

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