Luzardo Alves

Luzardo Alves da Costa nasceu em João Pessoa, no bairro de Jaguaribe, em 1932. Foi desenhando com carvão e tijolo nas calçadas do bairro, as cenas que via em filmes, quando tinha apenas oito anos, que Luzardo descobriu que gostava de fazer arte. Pouco tempo depois, quando tinha 12 anos, o talento o levou a ser convidado para trabalhar no jornal A União.
Deixou a Paraíba para radicar-se no Rio de Janeiro em 1960, onde foi trabalhar na revista O Cruzeiro, então a mais importante do país, após conquistar o conterrâneo Assis Chateaubriand com sua criatividade. A aventura no Rio de Janeiro durou poucos anos, mas o suficiente para Luzardo marcar presença ao lado de Henfil, Millôr Fernandes, Péricles, Carlos Estevão, Juarez Machado, Nilson, Redi, Ciça, Daniel Azulay, Ziraldo, Zélio, Jaguar, Fortuna, enfim, o sumo do humor gráfico brasileiro. Além de publicar em O Cruzeiro , participou da Revista do Rádio e dos jornais Correio da Manhã e O Dia .
De volta à Paraíba, Luzardo articulou com os jornalistas locais a fundação do jornal alternativo Edição Extra , em 1971, seguindo a linha do semanário O Pasquim . Foi no Edição Extra que criou, ao lado de Anco Márcio, uma das mais irreverentes personagens dos quadrinhos paraibanos: Bat-Madame , que fazia uma sátira escrachada de Batman e dos costumes da região.
Luzardo foi um dos pioneiros do cartum na Paraíba. Com um humor refinado, um senso crítico forte e apurado e um traço particular, ele absorveu muito da charge política feita na ditadura militar. E isso foi importante, pois influenciou muita gente da nova geração. Luzardo vem há 60 anos registrando com crítica e humor o cotidiano do país.

-Livro:

Piadas Ilustradas –
O quarto livro do autor é uma coletânea de 100 piadas com temáticas variadas expressas através do seu traço peculiar. “Foi mais um filho que desejei ter. Já há algum tempo tinha vontade de publicar as piadas ilustradas. São piadas minhas e outras que ouvi por aí, pelas ruas, nos bancos de praça. Escuto, lembro e tento deixá-las quase vivas com as ilustrações. Passei quatro meses trabalhando no livro”, conta o autor. Entre as temáticas abordadas estão questões políticas, uma marca do trabalho do cartunista, mas não só. Variados temas do cotidiano como travessuras de crianças, relações profissionais e situações comuns do dia-a-dia estão na publicação.


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