Iluminação pública da antiga Capital

Foi no ano de 1822 que se inaugurou os serviços de iluminação pública da cidade da Paraíba. Constava de vinte lampiões. O benefício se restringiu à cidade alta, continuando o velho Varadouro às escuras até o ano de 1829, quando o aviso imperial de 2 de maio mandou que a Presidência deduzisse da oitava parte das sobras das suas rendas, a quantia necessária “ao estabelecimento e manutenção de uma iluminação da cidade alta e baixa da cidade da Paraíba”, valor esse que foi empregado na manutenção e aquisição de novos lampiões. Os lampiões, alimentados a óleo de mamona ou de peixe, eram presos a um suporte de ferro chumbado na fachada das casas, quase sempre numa esquina, para aproveitamento e iluminação de duas ruas ao mesmo tempo.

Nessa época, as emboscadas e assaltos eram muitos e o Governador Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça publicou edital proibindo qualquer pessoa de caminhar à noite pelas ruas da cidade depois do toque de recolher, que era dado por badaladas nos sinos das igrejas e cornetas dos quartéis, por volta das 20:00h. Estavam excluídos dessa proibição aquelas pessoas que justificassem a necessidade do deslocamento noturno. Se alguém era encontrado em vias públicas, sem razão para tanto, ia preso. Se fossem apanhados portando armas, eram presos e processados. Namoros, somente ao dia. Os encontros noturnos só eram feitos às escondidas, em algum pardieiro ou em densos matagais.


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