Origem de Algumas Palavras

ADIDAS – O nome desse conhecido calçado surgiu em 1943, na Alemanha. Nesse época, Hitler incentivava bastante o esporte naquele pais, fazendo crescer as vendas de tênis. Foi então que um dos proprietários de uma empresa local, de nome Adolf Dassler, criou um tênis mais leve e anatômico que os demais modelos de então. Ele registrou o novo calçado com a sigla composta por seu apelido (Adi) mais as três primeiras letras de seu segundo nome (Das), surgindo assim a marca “ADIDAS”, que ficou famosas no mundo todo.

ALMANAQUE –A palavra vem do árabe al-manakh, que era o lugar onde os nômades se reuniam para rezar e contar as experiências de viagens ou notícias de terras distantes. Em português, almanaque refere-se a uma publicação que traz calendário, reportagens de conteúdo variado, como recreação, humor, ciência e literatura.

ALUNO - A palavra aluno vem do latim, em que a letra “A” corresponde a ausente ou sem e ”luno”, que deriva da palavra lumni, que significa luz. Portanto, aluno quer dizer sem luz, sem conhecimento.

ANFITRIÃO E SÓSIA - Na mitologia grega, Anfitrião era marido de Alcmena. Enquanto Anfitrião estava na guerra de Tebas, Zeus tomou a sua forma para deitar-se com Alcmena e Hermes tomou a forma de seu escravo, Sócia, para montar guarda no portão. Uma grande confusão foi criada, pois Anfitrião, é lógico, duvidou da fidelidade da esposa. No fim, tudo foi esclarecido por Zeus, e Anfitrião ficou até contente por ser marido de uma escolhida do grande Deus. Daquela noite de amor nasceu o semideus Hércules. A partir daí, o termo anfitrião passou a ter o sentido de "aquele que recebe em casa". O mesmo ocorreu com sósia — "cópia humana".

ASSASSINO – A palavra vem do árabe ASHOHASHIN, nome dado aos fumantes de haxixe. Alguns deles, integrantes de uma seita, matavam a quem seu chefe os indicasse, quando embriagados por essa droga. Daí a palavra passou a significar homicida, assassino.

AUDI – O carro produzido pela firma do alemão August Horch, tinha originalmente o nome de HORCH, em sua homenagem. Depois, ele perdeu o controle legal da empresa e se viu impedido de dar seu nome a outro carro. Espertamente, ele traduziu seu nome para o latim, com “Audi” no significado de “onça”, como “horch” em alemão. Em 1931, a empresa foi adquirida pela DKW e, em 1971, passou para o controle da Volkswagen.

BACANAL - As bacanais eram festas realizadas em honra ao deus romano Baco, chamado de Dionísio pelos gregos. Era o deus do vinho e dos prazeres. As festas eram, muitas vezes, orgias. As bacantes, consideradas sacerdotisas do deus, dançavam desenfreadamente vestidas com peles de leão. Por isso, a palavra bacanal permaneceu como sinônimo de reuniões em que há orgia, sexo e danças. No início, apenas mulheres eram admitidas na festividade, mas com o tempo deu-se permissão para homens participarem também. Em 186 a.C., um decreto do Senado romano proibiu as bacanais em Roma. Mas não foi respeitado. Resquícios da comemoração chegaram até o Brasil. Ainda no século XIX, em Pernambuco, durante a Páscoa, realizava-se uma festa dedicada a Baco, com banquetes, procissão e cânticos. Em 1869, a Igreja conseguiu a proibição do festejo, argumentando que era inadmissível em um país católico.

BADERNA - Uma bailarina de nome Marietta Baderna fazia muito sucesso no Teatro Alla Scalla, de Milão. Ao apresentar-se no Brasil, em 1851, causou frisson entre seus fãs, logo apelidados de “os badernas”. O sobrenome da artista, de comportamento liberal demais para os padrões da época, deu origem ao termo que significa confusão, bagunça.

BALZAQUIANA - O termo balzaquiana é aplicado às mulheres que estão na faixa dos 30 anos e foi cunhada após a publicação de um livro do francês Honoré de Balzac. Em “As Mulheres de 30 Anos”, o escritor realiza uma análise do destino das jovens na primeira metade do século XIX, em particular dentro do casamento. E faz uma apologia às mulheres de mais idade, que, amadurecidas, podem viver o amor com maior plenitude. É o acontece à heroína da narrativa, Júlia. Ela se casa com um oficial do exército, mas depois descobre que a relação está longe de ser o que imaginava. Vê-se, então, presa a um matrimônio infeliz. Quando se torna uma trintona, porém, a moça consegue encontrar o amor nos braços de Carlos Vandenesse.

BANHO-MARIA - Como toda mulher sabe, é o método que se utiliza na cozinha para aquecer alimentos de forma lenta e uniforme. Consiste simplesmente em colocar um recipiente dentro de outro onde haja água. Levados ambos ao fogo, o recipiente que contém água aquece o outro, sem que a substância atinja temperatura muito elevada. O berço da expressão se encontra na Antiguidade: uma alquimista conhecida por Maria, a judia , usava um tacho de cobre para manter por muito tempo aquecida a água aromatizada que usava em seus singulares experimentos. Em sentido figurado, o banho-maria designa não apenas cozinhar um alimento em água com fogo brando, mas também o de empurrar uma decisão com a barriga, isto é, ficar protelando.

BODE EXPIATÓRIO - A expressão significa que alguém recebeu a culpa de algo cometido por outra pessoa. A origem está num rito da tradição judaica. Simbolicamente, o povo depositava todos os seus pecados num bode, que era levado até o deserto e abandonado. Dessa forma, acreditava-se que as pessoas estariam livres de todos os males que tinham feito.

BOICOTE – Charles Boycott era um soldado inglês que, em meados do século XIX, abandonou o exército e fugiu para a Irlanda. Lá, arrumou um emprego de cobrador. Sua postura implacável em cobranças e despejos fez com que ficasse odiado pela comunidade local, que passou a recusar-lhe a venda de qualquer coisa, inclusive comida. Literalmente boicotado, Charles Boycott foi obrigado a voltar para a Inglaterra.

BOLACHA MARIA - No século 19, na Europa, as bolachas finas entraram na moda e eram degustadas com chá, costume que se tornou lendário no Império Britânico como o famoso chá das cinco, de todo fim de tarde, em terras dominadas pela velha e loura Albion. O berço desse hábito está no casamento do duque de Edimburgo com a duquesa Maria. Para homenagear o casal, a empresa Peeck-Freen criou uma nova bolacha fina e delicada batizada como bolacha Maria, figurinha fácil que continua agradando o paladar de gregos e goianos . . .

BRINCAR - Essa palavra tem origem latina. Vem de vinculum que quer dizer laço, algema, e é derivada do verbo vincire, que significa prender, seduzir, encantar. Vinculum virou brinco e originou o verbo brincar, sinônimo
de divertir-se.

BUNDA - Alguns escravos que vieram da áfrica para o Brasil, especialmente de Angola, pertenciam à tribo dos quimbundos. Os homens e, especialmente, as mulheres desse lugar tinham as nádegas bem arrebitadas e avantajadas, o que causou a inevitável associação do nome da tribo com a forma física.

CACHORRO QUENTE – O sanduíche, composto de pão com salsicha quente já existia. Era servido no bar do Pólo Ground em Nova York (o mais importante estádio de Beisebol dos Estados Unidos), no início do século XX, sendo bastante apreciado, principalmente naqueles dias mais frios. Um cartunista da época, conhecido como T.A. Dorgan fez certo dia uma charge irônica: um cachorro bassê freqüentando o esnobe Pólo Grounds. O nome hot dog pegou e o sanduíche universalizou-se já devidamente batizado com esse nome.

CALAFRIO - A palavra vem do espanhol calofrio, reunião de calo, quente e frio, frio, se bem que ambos os vocábulos tenham seu berço no latim: calere, esquentar e frigidu, frio. O calafrio, na verdade, é um arrepio de frio, em algumas vezes seguido de febre, situação paradoxal em que temperaturas altas e baixas ocorrem ao mesmo tempo. Figurativamente, é uma sensação que inclui medo, angústia e toda uma variada gama de pavores vários: a iminência de um desastre, um horripilante monstro na tela, as cenas chocantes de desespero numa grande tragédia, coisas que marcam os piores momentos da vida e assombram qualquer pessoa que tenha sangue nas veias . . .

CAMBISTA - A palavra cambista deriva do termo câmbio, que vem do verbo cambiar. Este, de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, se originou do latim medieval cambiar. Até meados do século XVI, era utilizada a forma cambar, com o significado de trocar, mudar, substituir. Do século XVII em diante, por influência do italiano, o nosso cambiar passou também a designar trocar moedas ou dinheiro. Seu radical camb(i) é o mesmo de escambo, cambial, intercâmbio e cambalacho.

CARIOCA - O termo carioca é oriundo da família lingüística tupi-guarani (kari ' oca) e significa etimologicamente "casa de branco": cari: branca; oca: casa. O termo carioca é também o gentílico dos habitantes ou naturais do município do Rio de Janeiro.

CIDADANIA - O termo cidadania tem origem latina. Deriva de cidade, um aglomerado urbano, e denota o direito de participar da vida política nesses locais.

COQUETEL-MOLOTOV - É uma bomba de fabricação caseira. O nome foi dado pelos russos durante a Segunda Guerra Mundial. Na época, os soviéticos tentavam expulsar o exército alemão dos territórios ocupados lutando com armamentos domésticos. Então, homenagearam o presidente do Conselho de Ministros da URSS, Viacheslav Molotov, dando nome à bomba.

DATA VENIA – Expressão latina muito empregada no meio jurídico, quando é introduzida educadamente numa discordância de uma citação. Literalmente, sua tradução é a seguinte: “uma vez dada a permissão ou a licença, tenho opinião diferente”. Também é muito ouvida em debates parlamentares, quando os contendores se esmeram em linguajar solene, mesmo quando ocorrem violentas lutas verbais.

ESTRESSE – A palavra estresse, do latim, através do inglês stress, refere-se a um termo de física que significa “desgaste de materiais submetidos a excesso de tensão”. Esse termo foi introduzido na área médica por um fisiologista austríaco, ao perceber que, quando um indivíduo sofria tensão física e emocional constante, apresentava sinais de desgaste bastante típicos.

FORRÓ – Ao contrário do que se pensa, a palavra não surgiu de “for all” que, segundo algumas versões, denominava o convite a bailes promovidos pelos soldados americanos, quando instalados em Natal durante a Segunda Guerra Mundial. Na realidade, forró é uma abreviação de “forrobodó”, nome dado a bailes populares no Nordeste no começo do século.

GANDULA – Bernardo Gandulla era o nome de um jogador argentino de futebol que veio para o Brasil, nos anos 40, contratado pelo Vasco da Gama. Mas ele quase nunca era escalado. Ficava então assistindo a treinos e jogos, e quando a bola saia do campo, ele corria para buscá-la, devolvendo-a educadamente para os titulares em campo. Daí a origem do nome gandula para os garotos que repõem a bola nos estádios.

GARI – O nome desse profissional de limpeza, que trabalha exclusivamente com lixo recolhido em vias públicas nasceu como homenagem ao empresário francês Pierre Aleixo Gary. É que, em 1876, ele foi contratado pelo governo imperial para implantar o serviço de limpeza urbana na cidade do Rio de Janeiro. Quando foi admitida o trabalho de mulheres para esse serviço, aprovou-se o nome de Margarida para designar aquelas profissionais, porque nele está contida a palavra gari.

HERMAFRODITA – É uma anomalia sexual rara, onde o indivíduo nasce com os órgãos reprodutores tanto masculino como feminino. O nome vem da mitologia grega, do Deus grego Hermafrodito, junção dos nomes de seus pais, Hermes e Afrodite. Conhecido por sua beleza, a ninfa aquática Salmacis logo apaixonou-se por ele, mas não teve esse amor correspondido. Ela implorou então aos Deuses para que unissem para sempre seu corpo ao do formoso jovem, no que foi atendida.

JEGUE - Jumento, asno e jegue são sinônimos para o mesmo animal, da espécie Equus asinus. Jegue é uma adaptação de Jack, uma das palavras para “asno” em inglês. Na 2ª Guerra Mundial, os oficiais das bases americanas montadas no Nordeste chamavam os bichos por esse nome e os brasileiros traduziram como jegue. Já o burro e sua fêmea, a mula, são animais híbridos, ou seja, resultantes do cruzamento entre animais com número de cromossomos diferentes, o jumento e a égua, por isso, estéreis.

KOLYNOS - Como você sabe, ou se lembra, é o nome de um famoso creme dental que passou décadas anunciado como produto ideal para fazer surgir sorrisos de alegria e bom humor. Criado nos EUA em 1908, esteve no mercado brasileiro até 1997, onde ocupava sólida posição de prestígio. Nesse ano, a marca sumiu das prateleiras do varejo nacional, para evitar práticas monopolistas de sua controladora, a Colgate-Palmolive, que driblou a lei com o lançamento do similar Sorriso, quase um irmão gêmeo do artigo excluído, pois kolynos, em grego, significa sorriso.

LICEU – Estabelecimento onde é ministrado o ensino do segundo grau e/ou o profissionalizante. Seu nome vem da antiga Grécia. Era no bosque Lykeios, consagrado a Apolo, famoso como matador de logos (lykoi em grego), que Aristóteles transmitia ensinamentos a seus discípulos. Daí derivou o vocábulo latino “lyceum” como lugar de ensino.

LUA DE MEL - A expressão vem do inglês honeymoon. Na Irlanda, na Idade Média, os jovens recém- casados tinham o costume de tomar uma bebida fermentada chamada mead, composta de água, mel, malte, levedo, entre outros ingredientes. A poção deveria ser consumida durante um mês (ou uma lua). Por isso esse período passou a ser chamado de lua-de-mel.

MACACÃO - A palavra macacão denomina um tipo de roupa inteiriça. “A aparência de quem veste o macacão lembra a de um macaco”, explica o filólogo Alfredo Maceira. Segundo ele, em espanhol, pelo mesmo motivo, a roupa é chamada de “mono”, que significa macaco.

MARIA-CHIQUINHA - Era muito comum em Portugal que as meninas prendessem os cabelos em dois tufos laterais, para que eles não atrapalhassem nos trabalhos domésticos. Como muitas delas se chamavam Maria Francisca, nome comuníssimo na época e até hoje em Portugal, esse jeito de pentear ficou conhecido como maria-chiquinha.

MARIA-FUMAÇA - A expressão, do século passado, designa de forma bem brasileira, a locomotiva a vapor. Quando ela vinha chegando, as pessoas a identificavam de longe por causa da fumaça que ela fazia. Como Maria sempre foi um nome popular em todos os lugares por onde a máquina passava, o povo se acostumou a dizer: "Lá vem a Maria fazendo fumaça" . . .

MARIA-MOLE - Nos tempos do Brasil Colônia, a família real portuguesa tinha curioso hábito: mandar para o Brasil, por via marítima, gelo dos Alpes europeus para fazer sorvete! Certa vez, um navio cargueiro desapareceu criando grande frustração, principalmente para as crianças brasileiras. Uma escrava chamada Maria decidiu resolver o problema fazendo uma gororoba com coco ralado, mocotó, água e açúcar. A massa, grudenta e molenga, acabou batizada maria-mole.

MARIA-SEM-VERGONHA - É a planta cujo nome científico é impatiens . Alastra-se com grande rapidez, sem precisar ser plantada. Isso fez com que fosse apelidada assim, como sinônimo de mulher fácil, aquela que dá muito, e sem ter vergonha .

MAYDAY - Foi a americanização da expressão m’aider in venez m’aider – em francês, “venha me ajudar” – que deu origem à palavra mayday. Hoje, o termo é empregado em todo o mundo, principalmente por aeronaves e navios, para indicar que se está correndo perigo.

MEMORANDO - O memorando é uma comunicação escrita, utilizada internamente em ambientes profissionais (órgãos públicos, empresas, instituições, etc.). Embora não seja tão formal quanto uma carta comercial ou ofício, também não deve ser informal a ponto de conter “abraços e beijos”. O memorando deve tratar de um único assunto. No livro Língua Portuguesa – Noções Básicas para Cursos Superiores, os autores Maria Margarida de Andrade e Antonio Henriques explicam que o termo deriva do latim memini, que significa “o que deve ser lembrado’. Eles também sugerem que o memorando seja organizado da seguinte forma: procedência, destinatário, data, assunto, corpo-explanação e assinatura.

MESSALINA – Valéria Messalina Augusta tinha 20 anos quando casou-se com o imperador romano Cláudio, que tinha 55. Foi a maior meretriz da História. Consta que transou com mais de 8 mil homens, cobrando uma pequena taxa deles. Ela transformou seu quarto num bordel e escandalizou toda a sociedade romana. O pior é que ela conspirava contra o marido e imperador com a intenção de substituí-lo pelo amante de então, Caio Sílio. Descoberta a trama, foi condenada à morte. Hoje é lembrada como referência de libertinagem.

METÁSTASE - A palavra vem do grego metastasis (deslocamento, afastamento, mudança de lugar). Na linguagem da Oncologia - especialidade da Medicina que estuda o câncer e suas decorrências -, é a migração de células cancerosas provenientes de uma lesão inicial. Ocorre quando elas viajam até outro órgão, onde um segundo tumor se forma. Cientistas da Universidade Cornell, de Nova York, observaram em camundongos que as células doentes mandam espécies de emissários na frente, para preparar o terreno. Então uma proteína produzida pelo câncer "gruda" em outras células. São os chamados soldados do câncer, que partem para determinada região. Lá, instalam-se e passam a produzir nova proteína que age como uma cola para atrair e prender mais células enfermas. Tornam-se fonte de alimento para as células tumorais, que seguem como generais para um campo de batalha, agora pronto para recebê-los.

MUITO - Esta palavra vem do latim multu. Com o tempo, o grupo lt acabou se transformando em it. A pronúncia da palavra, de acordo com os filólogos, era exatamente mui-to. Mas, já na época de Camões, a pronúncia do ui ficou nasalada, por influência do som do m. Na época, inclusive, era colocado sobre o ditongo um til. Foi apenas na Reforma Ortográfica Brasileira de 1943 que este sinal foi abolido.

MUSSUMAGO – Denominação corrente de uma comunidade existente no bairro Valentina Figueiredo, em João Pessoa. Mas seu nome correto é “Monsenhor Magno”.

NHENHENHÉM – significa conversa interminável em tom de lamúria, irritante, monótona, resmungo. Essa expressão vem do tempo do descobrimento. Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, eles não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer "nhen-nhen-nhen".

NICOTINA – A origem do tabaco é atribuída aos maias, na América Central, que o usava apenas em rituais. Dois marinheiros de Colombo foram os primeiros europeus a esquentar os pulmões com a planta, fumando-as em cachimbo de junco. Entusiasmados, levaram algumas mudas nos porões das caravelas. Em 1560, um embaixador da França em Portugal, Jean Nicot, contrabandeou mudas para Paris, com a informação de que fumar fazia bem à saúde. Segundo ele curava alguns males, como verrugas e gangrena. Mais tarde, o naturalista sueco Carl Von Linné deu nome científico à planta de Nicotiana Tabacum, em homenagem aquele embaixador francês.

NOKIA – O nome da famosa marca de telefones celulares parece japonês, mas na realidade é finlandês. Nokia é uma cidade localizada ao sul da Finlândia, distante cerca de 180 km. a noroeste da capital Helsinki. Foi nessa localidade que a empresa nasceu, em 1865, inicialmente como fabricante de papel.

OK - significa “tudo certo” (all correct em inglês). No início do século XIX, em Boston, nos Estados Unidos, em vez de usar as letras AC, que poderiam ser confundidas com alternating current (corrente alternada), as pessoas diziam OK, de oll korrect, gíria de mesmo significado. Durante uma campanha presidencial de 1840, a sigla foi usada como slogan e acabou conhecida no país inteiro. Outra versão é que a sigla começou a ser usada durante a Guerra da Secessão, uma disputa entre o norte e o sul dos Estados Unidos. As fachadas das casas exibiam o OK para indicar “0 killed”, ou seja, nenhuma baixa na guerra civil.

PAU-DE-ARARA – Em sua origem, o pau-de-arara é usado para transportar aves, como a arara. As pernas dos bichos são amarradas e, entre elas, uma trave apoiada nos ombros dos transportadores. Essa expressão designa os caminhões que transportam retirantes nordestinos que fogem da seca ou aqueles que levam romeiros para visitar locais santificados por eles. Esses veículos ficaram assim conhecidos porque as pessoas que ali são transportadas vêm agarradas nas varas da armação da carroceria, numa situação parecida com as das aves. Durante a ditadura militar, foi também uma das formas de tortura utilizada contra os presos políticos.

PIQUENIQUE - Esta palavra tem origem no francês pique-nique. Na França do século XVII, o piquenique era uma refeição na qual cada um levava sua parte. Dois séculos mais tarde, os franceses absorveram do picnic inglês o sentido moderno da palavra – passeios ao ar livre nos quais as pessoas levam alimentos para serem desfrutados por todos. Na França, existe o verbo pique-niquer, que seria algo como “piquenicar”.

PUXA-SACO - No livro “A Casa da Mãe Joana”, Reinaldo Pimenta conta que esta expressão surgiu a partir de uma gíria militar. "Puxa-sacos eram as ordenanças que, de modo submisso, carregavam os sacos de roupas dos oficiais em viagem", conta.

RAMEIRA - Mulher da vida, prostituta. Assim denominada porque à altura dos séculos XV e XVI, em Portugal, as tabernas que contavam com mulheres disponíveis para serviços sexuais remunerados costumavam assinalar isso colocando, na porta, ramos de árvores.

RAPADURA – Também chamado de raspadura, esse doce feito a partir do caldo de cana, ganhou esse nome por ter se originado das raspas dos tachos em que se produzia o açúcar. Depois de moldados em forma de tijolos seguiam para a mesa dos escravos, tornando-se alimento importante no cardápio dos negros. Atualmente é um dos itens mais populares da cozinha nordestina.

SADISMO – É uma referência ao Sr. Donatien Alphonse François De Sade (1740-1814), conhecido como Marques de Sade. Ele escrevia romances descrevendo sexo através da dor, atos de violência, crueldade moral e degradação infligidos ao parceiro sexual. Alguns dessas estórias foram escritas na prisão, durante suas longas permanências após tentar pôr em prática suas teorias.

SALÁRIO – A palavra vem do sal. Originalmente do vocábulo latino salarium. É que os soldados romanos recebiam seu pagamento em sal, que depois trocavam por frutas, roupas, etc. Com o tempo salarium passou a significar soldo, ordenado, salário.

SARAVÁ – É uma forma de saudação (Salve!), à maneira como os escravos pronunciavam o verbo salvar – salavá, devido à influência da fonologia do idioma africano banto. Possui conotação positiva, tanto como “Ave!”, de origem latina (Ave, Maria! – salve, Maria; Ave, César! – salve, César!) e possui semelhante efeito de estímulo transmitido por “Axé!” ou “Shalom!”.

SATYAGRAHA – A palavra correta (com “y”, e não “i”, como tem sido divulgada) foi o nome escolhido pela Polícia Federal para nomear a operação que apurava o desvio de verbas públicas, a corrupção e a lavagem de dinheiro. A palavra vem do sânscrito, uma das mais antigas línguas da Índia. Nela, satya quer dizer verdade e agraha é busca. Ou seja, satyagraha, significa busca (ou insistência) pela verdade.

SÓSIA E ANFITRIÃO - Na mitologia grega, Anfitrião era marido de Alcmena. Enquanto Anfitrião estava na guerra de Tebas, Zeus tomou a sua forma para deitar-se com Alcmena e Hermes tomou a forma de seu escravo, Sócia, para montar guarda no portão. Uma grande confusão foi criada, pois Anfitrião, é lógico, duvidou da fidelidade da esposa. No fim, tudo foi esclarecido por Zeus, e Anfitrião ficou até contente por ser marido de uma escolhida do grande Deus. Daquela noite de amor nasceu o semideus Hércules. A partir daí, o termo anfitrião passou a ter o sentido de "aquele que recebe em casa". O mesmo ocorreu com sósia — "cópia humana".

TEMPO – A palavra tempo tem origem no latim. Ela é derivada de tempus e temporis, que significam a divisão da duração em instante, segundo, minuto, hora, dia, mês, ano, etc. Os latinos usavam aevum para esignar a maior duração, o tempo. A palavra idade, por exemplo, surgiu de aetatis, uma derivação de aevum.

TOYOTA – O nome da empresa foi batizada inicialmente como TOYODA, nome de seu inventor, o japonês Sakichi Toyoda. Seu filho e herdeiro Kiichiro resolveu, juntamente com a supersticiosa família, mudar o nome de Toyoda para Toyota, pois em japonês Toyoda requer dez caracteres e Toyota apenas oito (número de sorte para os japoneses). Por isso esse último nome foi adotado.

XEQUE-MATE – É o nome do último lance do jogo de xadrez. A palavra vem do persa “Sháh-Mát”, que significa “o rei está morto”, ou seja: jogo ganho.


5 comentários:

  1. que droga naum tem nenhuma palavra que eu proucuro aqui kkkk

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  2. - Muito interessante e estimulante, entretanto, nem todas as informações são confirmadas com fontes, o que deixa algumas um tanto suspeitas. E o fato de que "Anfitrião e Sósia" fora repetido invertendo as palavras.

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  3. forrobodó é que veio do FORRÓ... que veio do "FOR ALL".

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  4. "MUSSUMAGO – Denominação corrente de uma comunidade existente no bairro Valentina Figueiredo, em João Pessoa. Mas seu nome correto é “Monsenhor Magno”."

    Isso é mentira. Um historiador participou de um noticiário local e disse que o nome "Mussumago" é de origem indígena, e afirmou que nunca existiu nenhum religioso notório na Paraíba, de nome "Monsenhor Magno".

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