Febre Amarela na antiga Paraíba

Em 1686, a Paraíba foi acometida de uma epidemia de enormes proporções. A mortandade foi considerável, devido em parte à falta de assistência médica e, em parte, ocasionada pelas condições de higiene da época.

Mas, segundo o prognóstico de um jesuíta versado em astrologia, o mal não tinha cura porque resultava de um castigo divino, anunciado através de um eclipse da lua, que tinha sido observado em diversos pontos do país. Em sua “História da América Portuguesa”, Rocha Pita assim escreve sobre o assunto:

“Apareceu esta grande luminosidade em uma noite do mês de dezembro do ano de mil seiscentos e oitenta e cinco, tão abrasada que inculcava ter recebido no seu côncavo ou na sua circunstância toda a região do fogo: esta capa de chamas cobriu a maior parte do seu vastíssimo corpo, tendo precedido alguns meses antes um eclipse do sol, em que este príncipe dos planetas mostrava uma névoa< à qual o padre Valentim Extancel, astrólogo célebre, chamava “Aranha do Sol”.

Esse astrólogo explicava que esses fenômenos, que não são naturais porque são produzidos pela interposição da terra, no curso daquelas sordicies ou qualidade contagiosa do ar, por razões manifestas ou causas ocultas e da SUS corrupção resultarem doenças, senão em todo mundo, em algumas partes dele, como se tem experimentado em contágios e desgraças de que há muitos exemplos antigos e modernos”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

^